quarta-feira, 2 de outubro de 2013

CASA 8 - A CASA CÁRMICA DA ASTROLOGIA

A CASA 8
Tendo a mesma significação de Escorpião (morte e ressurreição), muito rapidamente atraiu o olhar clarividente dos primeiros astrólogos esotéricos.
Há muito tempo que se sabe que essas pessoas, cuja casa 8 está carregada, são mediúnicas e têm aptidões "parapsicológicas". Essas capacidades particulares foram adquiridas em outras existências, graças a um treino especial, por vezes muito duro: provações de iniciação das quais às vezes não se saía com vida.
O treino religioso e parapsicológico, como era dado aos futuros iniciados nos templos do Egito e da Atlântida (e ainda hoje no Tibete), era longo e exigente. Os candidatos à iniciação aprendiam a sair do seu corpo à vontade, e a retomar a ele sem dificuldades.
Os iniciados eram capazes de ler os pensamentos daqueles que vinham fazer-lhes uma consulta, ou de ver imediatamente, segundo as cores da aura, qual era o órgão doente.
Podiam falar com os animais, prever certos acontecimentos, impor a sua vontade à distância, comunicar por telepatia, e ainda mil outras coisas muito úteis! Podiam comunicar-se com os mortos, curar pelo poder do pensamento. A sua memória era sistematicamente treinada de modo a nada esquecer.
Atualmente, resta-lhes uma parte dessa memória: eles lembram-se mais ou menos das suas antigas aptidões. Nos templos, ensinava-se-lhes a concentrar o pensamento, para utilizá-lo como uma arma, e a forjar a vontade para utilizar esse pensamento.
Tais pessoas, reencarnados hoje, têm uma casa 8 interessante. Eu mesmo tenho a Lua nessa casa e tenho consciência de já ter sido outrora astrólogo. Ainda me vejo ali. E sinto realmente alguma dificuldade em compreender como estes assuntos espirituais e psicoterapeuticos podem não apaixonar todo o mundo, pois para mim eles são de uma evidência absolutamente brilhante! A presença do mundo invisível é-me familiar. Imagino o que será o caso de pessoas com Sol, Vénus, Júpiter e Urano nesta casa. Adoraria reviver essa situação
Só que tem acontecido que nem sempre essas capacidades têm sido utilizadas para servir. Desviados do seu objetivo - usados para fins egoístas e destrutivos criaram um carma muito pesado.
A pessoa deve retomar aqui para purgar esse desvio: feiticeiros, magos negros, falsos sacerdotes, bruxos devem reparar o mal que fizeram. Na sua nova encarnação, essas pessoas, marcadas pela casa 8, têm o gosto pelo segredo. Os seus parentes queixam-se de que são difíceis de compreender. É realmente curiosa a percepção inconsciente das pessoas que nos cercam: quantas vezes não me chamaram de “bruxo”?. Nem mesmo praticava a astrologia nessa época. Mas os meus parentes e amigos certamente percebiam em mim vidas passadas menos banais.
Muitos dessas pessoas são, efetivamente, perigosas: exercem uma influência oculta sobre os outros, que ainda estão sujeitos a cair nas suas armadilhas se eles abusam mais de uma vez desse poder. Um certo número de pessoas beneficia de um grande magnetismo sexual, que assegura o seu sucesso junto às multidões.
 
Muitas vezes um pesado carma de perversidade oculta-se por trás do seu mapa; esse carma não pode ser liquidado pela repressão pura e simples dos instintos, nem pela recusa em reconhecê-los. Mas antes pela dedicação total a uma causa desinteressada, na qual a pessoa prestará os serviços que se esperavam dele outrora. Investindo nisso todas as forças, canalizará os seus poderes para fins construtivos e otimistas.
 
Esse tipo de pessoa aparece muitas vezes como dilacerado entre um desejo profundo de abnegação, que lhe trará enfim a paz interior esperada há muito tempo - e uma tentação permanente de correr atrás das suas velhas rotinas cármicas (a paixão do poder gerado pelo sexo, o dinheiro, o misticismo desviado de seus caminhos)!.
 
Inúmeros são aqueles que, no momento atual, sucumbem à tentação de fazer o papel de gurus fascistas, aqueles que infantilizam os seus rebanhos para melhor pisar em cima deles. Falsos profetas, contra quem evidentemente é preciso prevenir-se, como da peste.
 
Como saber? Pois bem, é muito simples: os falsos profetas deixam em nós um sentimento de angústia. Os bons conselheiros, ao contrário, deixam-nos partir com um sentimento de leveza, de alegria de viver, de contato com a alma.
 
As pessoas da casa 8 têm naturalmente a faculdade de reencontrar as suas vidas passadas. Estão aptas a compreender que a morte não é mais que uma porta pela qual todos nós passamos centenas de vezes. No entanto, as pessoas da casa 8 são as que têm a coragem de pensar no "pós-vida".
Passam a ter menos medo desta do que outros, quando se decidem a fazer o trabalho espiritual necessário. Na verdade, só encontram a paz quando mergulham a fundo nessa pesquisa. Mas aqueles, dentre eles, que se obstinam na sua recusa têm, evidentemente, mais medo da morte do que os outros.
A morte é seu domínio: se a abordam numa atitude positiva e espiritual, reencontram a serenidade - e também os seus poderes “psi”! Essas pessoas da 8 não podem viver como as demais pessoas, contentando-se em comer, beber, dormir, amar. O modelo de vida materialista que a sociedade de consumo lhes propõe jamais os satisfaz, e são os primeiros a se revoltar. Sabem que há muita coisa além da matéria.
Toda a pesquisa das vidas passadas deve, portanto, estudar cuidadosamente a 8, os seus regentes, seus ocupantes, os planetas regentes do signo na ponta dessa casa, etc.
Parece que esta casa 8 é a "porta de saída" das almas ao fim de uma vida terrestre. A situação dessa casa no momento da morte daria as indicações sobre a próxima encarnação (e, em particular, designaria o próximo Ascendente). 


 (Bibliografia consultada em obras de Stephen Arroyos, Dorothée Koechlin de Bizemont e Edgar Cayce) Nova-lis astrologia
 

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